A verruga plantar é uma lesão causada por tipos cutâneos do HPV que atingem a pele da planta do pé.
Costuma doer ao pisar, pode limitar caminhadas e treinos e, sem cuidado, tende a se espalhar.
Entenda os sinais, contágio, diagnóstico, prevenção e as opções mais seguras de tratamento.
O que é verruga plantar
Trata-se de um crescimento benigno da pele na sola do pé. O peso do corpo empurra a lesão para dentro, gerando sensação de pedra no sapato.
Em muitos casos, a verruga plantar aparece isolada, já em outros, forma um mosaico, com várias lesões agrupadas.
Sintomas que pedem atenção
Os sinais mais comuns são:
- Dor ao pisar.
- Pele áspera com coloração amarelada ou acinzentada.
- Pequenos pontos escuros que representam vasos sanguíneos coagulados.
- Sensação de pressão no local.
Em crianças e adolescentes, a verruga plantar é frequente e pode atrapalhar atividades esportivas.
Como se pega, contágio e fatores de risco
O vírus entra por microfissuras, cortes ou pele ressecada. O contágio ocorre em áreas úmidas e compartilhadas, como vestiários, piscinas e chuveiros públicos, e ao dividir toalhas ou calçados.
Pessoas com imunidade baixa apresentam maior chance de desenvolver a lesão após contato com o vírus, bem como pisar descalço.
Vale destacar que a verruga plantar é causada por tipos de HPV que afetam a pele. Não é a mesma situação dos tipos oncogênicos ligados a câncer do colo do útero e genitais.
Diagnóstico e quando procurar avaliação
O diagnóstico é clínico, feito por dermatologista ou podólogo, com inspeção da pele e compressão suave para identificar dor e pontos hemorrágicos.
A biópsia é rara e fica reservada para lesões atípicas, resistentes ou com dúvida diagnóstica.
Busque ajuda se:
- A dor limitar atividades.
- Houver sangramento frequente.
- A verruga plantar crescer rápido.
- Existirem múltiplas lesões.
- Você tiver diabetes, neuropatia ou fizer uso de medicamentos que reduzem a imunidade.
Tratamento da verruga na planta do pé
Nem toda verruga plantar precisa de intervenção imediata, pois algumas regridem em meses.
Quando dói, espalha ou persiste, o tratamento encurta o tempo de cura e reduz contágio.
A escolha depende de idade, tamanho, localização e rotina do paciente.
Ácido salicílico
É a primeira linha em muitos casos, com a função de amolecer e descamar as camadas da lesão. O uso é diário, com proteção da pele ao redor.
A associação com desbastamento mecânico suave, feito por profissional, aumenta a eficácia.
Crioterapia
Aplicação de nitrogênio líquido para congelar a verruga plantar. Costuma exigir sessões com intervalo de semanas.
Pode arder no momento da aplicação, e em crianças pequenas, a tolerância pode ser menor.
Queratolíticos e método oclusivo
Além do salicílico, o uso de preparações queratolíticas em regime oclusivo orientado pelo especialista acelera a resposta.
A fita oclusiva isoladamente tem resultados variáveis, servindo como complemento e não como terapia única.
Cantaridina, imunoterapia e intralesionais
A cantaridina, aplicada em consultório, forma uma bolha controlada que ajuda na remoção.
Em casos resistentes, podem ser usados imunomoduladores tópicos ou injeções como bleomicina, sempre com indicação profissional.
Laser e procedimentos cirúrgicos
O laser pode destruir os vasos da lesão. A remoção cirúrgica é opção pontual quando outras terapias falham, levando em conta tempo de recuperação e risco de cicatriz dolorosa em áreas de carga.
O que não fazer
Evite cortar a lesão em casa, aplicar produtos cáusticos sem orientação ou usar receitas caseiras agressivas.
A pele da sola do pé tem função de suporte e qualquer ferida aberta favorece dor, infecção e alastramento, onde o autotratamento mal conduzido prolonga o problema.
Prevenção e cuidados diários
- Use chinelos em vestiários e piscinas.
- Mantenha os pés secos.
- Troque meias diariamente.
- Não compartilhe toalhas ou calçados.
- Hidrate áreas ressecadas do calcanhar e antepé.
- Se já existe verruga plantar, cubra a área para treinos e tratamentos e descarte lixas e curativos usados.