Entorse de tornozelo grau 2: causas, sintomas e tratamento. Saiba como identificar e tratar corretamente!
Como ortopedista especializado em pé e tornozelo, com mais de 16 anos de experiência no tratamento de lesões articulares, posso afirmar que a entorse de tornozelo grau 2 é uma lesão que requer atenção especial e tratamento adequado.
Mas como é um tipo de lesão que muitos desconhecem, neste artigo, vou compartilhar informações essenciais sobre causas, diagnóstico e abordagens terapêuticas baseadas nas mais recentes evidências científicas e minha experiência clínica.
O que é entorse de tornozelo?
A entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar causada por um movimento anormal da articulação, geralmente uma torção súbita.
O pé vira para dentro (inversão) ou para fora (eversão), provocando estiramento ou ruptura dos ligamentos que estabilizam o tornozelo.
Como acontece a entorse de tornozelo grau 2?
A entorse de tornozelo grau 2 ocorre devido a:
- Movimento brusco de inversão (pé vira para dentro) ou eversão (pé vira para fora)
- Aterrissagem incorreta após salto
- Pisar em superfície irregular
- Impacto durante prática esportiva
Esta lesão provoca ruptura parcial dos ligamentos laterais do tornozelo, principalmente o ligamento talofibular anterior. Resulta em dor moderada a intensa, edema significativo, dificuldade para apoiar o pé e instabilidade articular leve.
A entorse de tornozelo grau 2 é mais comum em indivíduos com histórico prévio de entorse, atletas, praticantes de atividade física e pessoas que caminham em terrenos irregulares.
Sinais e sintomas de entorse de tornozelo tipo grau 2
Os principais sinais e sintomas da entorse de tornozelo grau 2 são:
- Dor moderada a intensa que piora com movimento;
- Edema (inchaço) significativo ao redor da articulação;
- Hematoma (mancha roxa) localizado;
- Dificuldade para apoiar o peso no pé afetado;
- Instabilidade articular ao caminhar;
- Diminuição da amplitude de movimento;
- Sensibilidade ao toque na região lateral do tornozelo;
- Sensação de calor local;
- Rigidez articular, especialmente pela manhã;
- Estalidos ou crepitação durante movimentos.
Caso você tenha torcido o tornozelo e observe alguns dos sinais listados acima, busque uma avaliação de um ortopedista especializado, já que o diagnóstico precoce evita o agravamento do quadro.
Diagnóstico de entorse do tornozelo
O diagnóstico de entorse de tornozelo grau 2 deve ser feito por médico ortopedista.
Primeiramente, o médico realiza um exame físico, observa o sintomas, além de perguntar como aconteceu a lesão, o histórico médico do paciente, se é a primeira vez…
A entorse de tornozelo grau 2 pode diminuir a amplitude de movimento, além de gerar a instabilidade articular. Por isso, o médico pode apalpar toda a parte ligamentar e óssea, a fim de averiguar se há algum problema.
Porém, a forma mais segura de diagnosticar a entorse de tornozelo é por meio de exames, a fim de identificar a presença de uma fratura óssea.
Quais são os exames para diagnosticar a entorse de tornozelo?
Para confirmar a entorse de tornozelo grau 2, o médico pode solicitar os seguintes exames:
Raio X
O raio x fornece imagens de estruturas densas, como o osso. Com isso, o médico pode solicitar o raio x para descartar fraturas no pé ou tornozelo.
Raio x de stress
Além do raio x normal, existe a possibilidade de o médico solicitar o raio x de stress, que permite identificar se o tornozelo está se movendo de forma normal ou não, devido a ligamentos lesionados.
Ressonância magnética (RM)
A RM tem o intuito é averiguar a gravidade da lesão nos ligamentos, além de capaz de identificar outros tipos de lesões, como danos na cartilagem ou osso da superfície da articulação.
Ecografia
Trata-se do famoso ultrassom, o qual permite com que o médico possa ver os ligamentos de forma direta, enquanto o paciente move o tornozelo, sendo possível determinar a quantidade de estabilidade que um ligamento fornece.
Tratamento de entorse de tornozelo
Proteção, repouso relativo, gelo, compressão e elevação são as bases para o tratamento inicial de entorse de tornozelo.
O médico ainda pode indicar o uso de botas ou talas, em posição de dorsiflexão, ou mesmo o uso de muletas, a fim de oferecer um descanso do peso, o que diminui a dor.
Em relação aos anti-inflamatórios, eles também fazem parte do tratamento, desde que sejam não esteroidais.
Dependendo da gravidade de lesão e os tratamentos conservadores não tiverem sucesso, o médico pode considerar a cirurgia.
Reabilitação de entorse de tornozelo tipo grau 2
A mobilização precisa ser o mais rápido possível, até mesmo para prevenir problemas crônicos. Mas, de início, deve-se optar pela forma passiva e ir evoluindo, de forma gradual, para a forma ativa.
A princípio, o treino sem carga e de forma passiva é o ideal, mas, à medida que o tempo for passando, é preciso evoluir para ativos e com carga, de acordo com aquilo que o paciente tolerar.
O grande objetivo desses exercícios é de ganho e manutenção de amplitude de movimento, além de fortalecer os músculos, equilíbrio estático e dinâmico.
Cirurgia de entorse de tornozelo
No caso de instabilidade crônica e quando os demais tratamentos não estão surtindo os efeitos que se esperava, a cirurgia para entorse de tornozelo grau 2 pode ser a melhor alternativa.
No entanto, saiba que esse tratamento é pouco frequente, mas hoje em dia as cirurgias são minimamente invasivas, trazendo menos complicações e mais conforto ao paciente.
Por meio da artroscopia, o médico usa um pequeno instrumento cirúrgico, o qual deve ter acoplado uma mini câmera, chamada de artroscópio.
Por meio dessa câmera, o médico consegue ver dentro da articulação do tornozelo e fazer a remoção de fragmentos soltos de ossos, cartilagem, com a máxima precisão.
Em alguns casos, o médico pode até mesmo reconstruir o ligamento lesionado, substituindo-o por um enxerto de tecido.
Conclusão
A entorse de tornozelo grau 2 é uma lesão que requer diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Com acompanhamento profissional e reabilitação apropriada, a maioria dos pacientes apresenta recuperação satisfatória em 4 a 6 semanas.
No entanto, é fundamental seguir todas as recomendações médicas, realizar fisioterapia e evitar retorno precoce às atividades para prevenir complicações crônicas e recidivas.
Após a recuperação, exercícios de fortalecimento e propriocepção são essenciais para reduzir o risco de novas lesões.
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