Entenda tudo sobre fratura dedo do pé: principais tipos, causas comuns, sintomas e opções de tratamento. Guia completo para identificar e tratar adequadamente essa lesão.

A fratura dedo do pé pode ser causada por diferentes motivos, seja por conta de atividades simples do dia a dia até lesões mais sérias, como acidentes.

Mas, dentro desse contexto, é importante que você saiba quais são os sinais e sintomas mais comuns desse problema, até mesmo para saber a hora de ir a um ortopedista especialista em pé.

Muitos dos meus pacientes tendem a achar que a fratura do dedo do pé só acontece quando não se consegue mais andar, por exemplo, mas não é bem assim.

Isso porque, há diferentes tipos de fraturas, as quais podem ser desde as mais graves até as mais simples, ou seja, seja, pode acontecer de você ter o dedo quebrado, mas ainda assim conseguir andar.

Agora, muitas pessoas acabam não dando a devida atenção e ao não buscar o tratamento adequado, o problema pode piorar, podendo até exigir uma intervenção cirúrgica.

Continue a leitura e confira um guia completo sobre fratura de dedo do pé, desde o que é até as opções de tratamento.

O que é fratura dedo do pé?

A fratura no dedo do pé é uma lesão que ocorre quando há uma quebra em um ou mais ossos dos dedos do pé, tecnicamente chamados de falanges.

Esta condição pode acontecer devido a diversos fatores, como trauma direto, queda de objetos pesados sobre o pé, tropeços ou acidentes esportivos.

As fraturas podem variar desde pequenas fissuras até quebras completas do osso, sendo o dedão do pé o mais comumente afetado por ser maior e suportar mais peso durante a caminhada.

Quais são os tipos de fraturas dedo do pé?

As fraturas no dedo do pé não são todas iguais. Na verdade, a fratura pode ser incompleta ou por estresse, mas também podem ser estáveis.

Fratura incompleta ou por estresse

A fratura incompleta ou por estresse no dedo do pé é um tipo de lesão onde o osso não se quebra completamente, mas desenvolve pequenas fissuras ou rachaduras microscópicas.

Este tipo de fratura geralmente ocorre por sobrecarga repetitiva ou uso excessivo do pé, diferentemente das fraturas agudas que acontecem por um trauma direto.

Fraturas estáveis

A fratura dedo do pé também pode ser estável que, nesse caso, significa que não há mudança no alinhamento ósseo. Esse tipo de fratura tende a ser o resultado de algum trauma.

Ou seja, deixar cair algum objeto pesado no pé ou mesmo por conta de alguma torção, por exemplo.

Mas, caso o osso que foi fraturado não romper a pele, chama-se de “fratura fechada”.

Quais são as causas da fratura dedo do pé?

A fratura e traumas nos dedos dos pés podem acontecer devido a algum trauma direto, que é o mais comum.

Ou seja, quando cai algum objeto pesado sobre o dedo, choque do dedo contra algum objeto, topar contra a cama, sofá, mesa, etc.

No entanto, pode ser decorrente de algum estresse em razão do esforço repetitivo ou pelo uso em excesso.

Nesse tipo de trauma, os atletas estão mais suscetíveis, em especial aqueles que praticam esportes de alto impacto, como corrida de longa duração e distância.

Qual é o grupo de risco?

Tanto homens e mulheres podem sofrer alguma fratura dedo do pé, mas a verdade é que a incidência maior é no público do sexo masculino.

Ademais, os atletas e praticantes de esportes de alto impacto acabam correndo maior risco por conta do uso em excesso e pelo esforço repetitivo.

Quais são os sintomas da fratura dedo do pé?

O sintoma mais característico com certeza é a dor no dedo do pé, mas o dedo também pode ficar arroxeado e apresentar inchaço.

Também há casos em que o paciente apresenta um hematoma subungueal, que nada mais é que o sangramento abaixo da unha.

Por consequência do trauma, na grande maioria das vezes o paciente tem dificuldade para caminhar e calçar sapatos fechados. E, às vezes, ocorre a deformidade no dedo.

Como é determinado o diagnóstico da fratura dedo do pé?

O diagnóstico deve ser feito com base na história clínica do paciente, sendo necessário informar ao médico como e quando aconteceu o trauma.

O médico ainda deve perguntar quais são os sintomas que você sente e questionar se você pratica algum esporte de alto impacto.

Também é importante saber se o paciente apresenta lesões prévias ou outras doenças que podem levar a ter algum problema no pé, como é o caso da fascite plantar.

Em relação ao exame físico, o médico deve averiguar a região em que o paciente se queixa da dor e comparar com o outro pé que está normal, especialmente para avaliar a presença de uma lesão nos tendões e nervos, por exemplo.

Mas, para se obter um diagnóstico mais preciso, o médico geralmente solicita um exame de raio-x.

Depois do diagnóstico, qual o tratamento mais indicado?

Geralmente, o tratamento de fraturas é com base no uso de analgésico e anti-inflamatórios, com a finalidade de melhorar o quadro de dor do paciente.

Aplicar compressa de gelo sobre o local também é ótimo, mas, nos primeiros dias depois da lesão, indica-se repouso com o pé em elevação.

Se porventura se tratar de uma fratura no hálux, é preciso imobilizar o pé todo por cerca de 2 a 3 semanas, com um calçado de solado rígido.

Dessa forma, evita o apoio sobre a região. Agora, no caso de fratura estável, o ideal é fazer a imobilização por esparadrapagem, onde o dedo fica imobilizado junto com o dedo ao lado.

Casos onde há luxação e fratura instável, o médico pode fazer um procedimento de redução com anestesia, por meio de tração para alinhamento ósseo. Além disso, há chances de ser necessário a fixação com fios de e parafusos.

E, no geral, o tempo de recuperação varia de 6 a 8 semanas, porém, esse período pode variar bastante de acordo com o local e a extensão da lesão.

Por fim, a cirurgia é considerada quando o objetivo é promover o alinhamento ósseo, o que torna possível o retorno precoce da mobilidade.

Conclusão

A fratura no dedo do pé, embora seja uma lesão comum, requer atenção e cuidados adequados para garantir uma recuperação completa e evitar complicações futuras.

É fundamental consultar um médico ortopedista especialista ao apresentar os sintomas característicos, como dor intensa, inchaço e dificuldade de movimentação, permitindo um diagnóstico preciso e a definição do tratamento mais apropriado para cada caso.

O sucesso do tratamento depende não apenas do acompanhamento médico, mas também do compromisso do paciente em seguir as recomendações, respeitando o período de repouso e realizando os cuidados necessários.

Por fim, adotar medidas preventivas, como usar calçados adequados e ter cuidado com impactos nos pés, pode ajudar a evitar novas ocorrências.

Se você mora em Goiânia e suspeita de fratura dedo do pé, estou à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida e traçar um tratamento direcionado para o seu caso.

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Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo, graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009-2011). Especialização em Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Universidade Federal de Goiás. Estágio em Pé e Tornozelo – Massachussets General Hospital Harvad University (2017).